domingo, 9 de setembro de 2007


"..E esse prazer que, de tão imenso, consegue doer em mim. Porque vai além de todas as expectativas do meu desejo que já era grande: o corpo não agüenta certas surpresas quando ele está tão cansado de não ter nenhuma ...Inda bem que a gente se adapta a tudo.."


Houve um tempo que eu achava que podia fazer as coisas brilharem só de toca-lás. Nunca acheique eu fosse entender a sua ausência. Mas eu entendo. há alguns dias conversei sobre como é estranho sentir falta. Mas a ausência sentida dói justamente pelo que ela tem do presente. Dói, e eu não estou exagerando, mas não é triste, tão pouco eufemismo. Eu gosto da ausência, tenho-a todas as vezes que me deito e isso me alegra por saber que não estou sozinha. A sua ausência está lá, mas se guardo em uma gaveta ela fica quietinha. Ela é quetinha sempre, na verdade. Eu fico mastigando cacos de vidro do amor estilhaçado, e quando alguém me pergunta sobre isso cuspo areia fina e se houvesse mar me lembraria de você.

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