quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Preguiça.




Preguiiiiça! preguiça, preguiça, preguiça! Preguiiiça!
Hoje acordei com preguiça da minha cama, com preguiça da minha cachorra, com preguiça do meu nome com seis letras. Levantei com preguiça de ter que ir no estágio não-remunerado! Com preguiça de tirar o pijama, de lembrar que você existe. Ah, você existe?!
Você existe, mas eu quero acreditar que não, não existe... Acordei com preguiça de te conquistar... vamos fingir que vc já é meu!? não quero lembrar que preciso me vestir bonita, me arrumar bonita e sorrir bonita pra te convencer que sou bonita, alías te convencer que sou única! Eu acordei, desejando minha cama de volta, meu pijama de volta, meu sono de volta, meu sonho de volta já que nele, você já era meu.
Fui ao estágio, encontrei os alunos chatos, aquelas pessoas falsamente felizes dando aula. Encontrei pessoas apressadas no trânsito (como tenho preguiça de pessoas apressadas), passei pelo posto e me irritei com o preço da gasolina. Escutei a conversa alta da minha tia, que sua doída na minha cabeça. Fiquei com preguiça de tirar o esmalte vermelho descascado da unha, de lavar e ter que secar o cabelo pra ficar bonita. Deitei, desejando imensuravelmente minha cama, e fiquei com preguiça do meu coração. Meu coração que trás você de volta todas às vezes que me deito e me levanto. Descobri que você é a preguiça que vive em mim. Aí que preguiça desse coração burro.
[Jay C]