domingo, 7 de dezembro de 2008

A sua Festa

Eu não tinha nada pra fazer, alías eu tinha. Tinha muito o que fazer. Mas era a sua festa, era o seu dia e eu estava em casa esperando alguma coisa acontecer. E aconteceu. Depois de muito tempo sem ouvir a sua voz, estava ali deitada no sofá quando minha amiga passou o celular pra você falar comigo. Era sua a festa e era você me convidando "pessoalmente por telefone" para ir até a sua casa. No entanto meu orgulho foi estúpido, chato e infantil. Eu não iria, era óbvio. quando desliguei senti meu coração escorrendo pelas pernas, estava eu, ali pensando o porquê que você fez isso!? Eu precisava sair e as minhas amigas estavam na sua casa. Quando fui busca-las, eu tive medo de descer, desespero de como agir, eu estava brava. Eu estava brava por que não queria aquela situação. Eu não consigui olhar pra você, mas eu queria olhar com todos os olhos. Eu queria sair correndo dali, mas você foi até o carro com toda gentileza e eu não queria só te comprimentar. Alguns minutos sem saber como agir, como ficar, o que falar. Eu estava brava e você poderia perguntar 347 vezes se eu estava brava que eu diria que não estava porque eu não queria estar brava. E quando veio me beijar o rosto se despedindo pra entrar, eu não queria um beijo no rosto eu queria um abraço apertado pra nunca mais soltar e acreditar que nunca estive longe de você. Mas eu precisava sair dali, e você entrou e mais uma vez eu deixei você entrar sem mim, e mais uma vez eu voltei pensando quantas vezes vou precisar me enganar, me esconder e deixar meu orgulho egoísta e estúpido me proibir de te olhar e de fingir não te amar? E quantas vezes você vai me olhar como quem olha desejando perdão e um abraço apertado de saudade? Quando eu me deitei pensando, eu descobri que os meus olhos são reflexo dos seus e é por isso que eu não enxerguei-me te olhando.
JayC

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