domingo, 1 de março de 2009

Entre os Vinte e Um


Perto de completar vinte e um anos, parei para pensar em todos os aniversários que eu tive. Nunca gostei de festa. Na verdade nunca gostei de organizar festa para comemorar, chamar as amigas, comprar o bolo, fazer os docinhos. Meus aniversários sempre foram com poucas pessoas. E, próximo dos vinte e um, eu ainda não consegui achar uma palavra que fosse para me definir. As qualidades algumas pessoas já conhecem, os defeitos as pessoas já compreendem, mas o que eu no meu eu-intimo sei sobre mim? Não sei. Não colocaria para me definir aquelas coisas chatas como: eu sou sincera, sou amiga, também sou brava e blábláblá. Isso é vocês que tem que dizer. São vinte e um anos, vinte e um verãos. Anos que passei criança, ano que passei feliz, ano que passei namorando, ano que passei chorando. Com meus vinte e um anos eu já tenho carteira de motorista, eu já estou no último ano da faculdade, eu não aguento mais dividir banheiro, não aguento mais morar com pai e mãe, mas odeio a idéia de ficar mais velha e criar responsabilidades. Queria voltar naquele ano em que eu corria fugindo dos amigos para não atacarem ovos no meu cabelo virgem. No ano em que ganhava um bolo da minha avó e logo passava o dedo na cobertura pra ver se tava boa. No ano em que era mais um aniversário para aproximar dos dezoito anos. Passaram-se os dezoito, passou os dezenove. Chegaram os vinte e um e no lugar do bolo vai ser um moouse de maracujá, diferente como eu quero que seja daqui pra frente!

Um comentário:

Karine Rosa disse...

O tempo vai passando e a gente vai se conhecendo cada vez mais. Vai conseguindo definir que a gente é de verdade, o que a gente quer de verdade, quem a gente quer ser. Os anos trazem também a maturidade e isso é uma das coisas mais importantes de todas.

Mas bate aquela saudaaade dos aniversários passados.

Bom moouse de maracujá pra você.
:*